UASB
O Reator UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket, Reator Anaeróbico de Fluxo Ascendente) é uma tecnologia de tratamento biológico de esgotos baseada na decomposição ANAERÓBIA da matéria orgânica. De operação bastante simples e econômica, este tipo de tecnologia é muito utilizada no Brasil.
No início, a utilização do UASB era para esgotos com alta concentração de matéria orgânica (DBO ou DQO), como nos casos de despejos industriais específicos. Com o passar dos anos, o uso do UASB foi ganhando espaço no tratamento de esgotos domésticos (baixa concentração de matéria orgânica) e, hoje em dia, é uma das principais tecnologias utilizadas no Brasil.
O processo de tratamento no reator ocorre em três zonas principais: zona de digestão (onde ocorre a decomposição); zona de sedimentação (onde o lodo mais denso é separado do líquido) e o separador trifásico (onde gases, líquidos e sólidos são separados).
Os gases produzidos durante o processo, como o metano, podem ser aproveitados como fonte de energia
A eficiência do tratamento anaeróbio de esgotos domésticos em um UASB é um pouco limitada: a experiência da H2O Engenharia tem indicado remoções de DBO na faixa de 50 a 75%, e de DQO na faixa de 45 a 70%.
As principais vantagens deste tipo de tratamento são: baixo custo estrutural e operacional; baixo OPEX; possibilita geração de energia (biogás); e menor necessidade de espaço.
Para uma boa eficiência do UASB, algumas recomendações devem ser observadas no desenvolvimento de um projeto e/ou durante a operação. Os principais fatores que influenciam na eficiência do reator, são:
- Distribuição adequada do esgoto afluente: deve-se manter uma velocidade ascensional no interior do reator entre 0,5 e 0,8 m/h;
- TDH: entre 4 e 12 horas;
- Monitoramento constante da manta de lodo;
- Alcalinidade: para resistir a variação do pH (efeito tampão), devido a produção de ácidos;
- Ácidos graxos voláteis (AGV) – deverá ser sempre menor que a alcalinidade;
- pH: deve-se situar entre 6,6 e 7,2; e
- Temperatura: deve-se situar entre 30 e 40ºC.
Estas são algumas dicas importantes para que você tenha uma boa eficiência no seu reator UASB.
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Figura 1 – Esquema de um reator UASB.
